Maturidade é sinal de tranquilidade?
É uma coisa que vivo imaginando será que sou madura?
Ou só mudei meu nível de chatices?
Conforme os anos passam pra mim, sinto que não sou mais a mesma. Em questão de gosto e preferências. Algumas seguem as mesmas, outras já nem lembro de um dia ter pensando. Agora prefiro a solidão do quarto a baderna da rua, mesmo dando alguns escapes em festas. Minha zona de conforto é o edredom, o notebook e os travesseiros. Com todas as portas e armários fechados, essa mania de criança ainda vive em mim.
Aquela bobagem de que a idade traz sabedoria não se aplica a mim, a cada ano crio mais dúvidas e anseios sobre a vida, sobre mim, sobre o que quero e quem sou.
Será que todos somos assim? Vivemos em volta de perguntas sem nunca ter certeza das respostas? Ou temos medo das respostas?
Como diria Raul Seixas, prefiro ser essa metamorfose ambulante do que viver na certeza do que é amor ou do que eu nem sei quem sou. Até porque se o que sei sobre o amor for verdade absoluta, kill me now!
Ainda respiro fundo, ainda choro no chuveiro, ainda canto sem saber a letra por completo. Mas já não temo o escuro, na verdade ele se tornou um grande amigo.
"Hello darkness my old friend."
Já não temo ficar sozinha, mas ser sozinha. Não tenho medo de ter terminado a relação com meu grande amor, mas tenho medo que tenha sido o único amor da minha vida.
Hoje em dia me sinto tranquila, mas nem um pouco madura. Ainda preciso chorar por bobagem escondida no banheiro, ainda me ofendo com as palavras dos outros, ainda me magoo quando me chamam de fria.
Hoje em dia me sinto tranquila, mas nem um pouco madura. Ainda preciso chorar por bobagem escondida no banheiro, ainda me ofendo com as palavras dos outros, ainda me magoo quando me chamam de fria.
Somos todos crianças que tiveram que aprender a responsabilidade de virar adultos sem querer?
Não tenho mais pressa da vida passar e nem medo que a idade avance. Eu tenho medo do bicho-papão, aquele que papa os sonhos, papa a coragem e quando a gente se dá conta ele já papou a vida.
De verdade, espero que a maturidade não me encontre tão cedo.
Ainda quero cometer muitos erros. Mas também quero aprender a passar protetor diariamente, tomar 2 litros de água, olhar para os dois lados antes de atravessar a rua, curtir o cinema sozinha, quero seguir nessa montanha russa que são as emoções.
Ora sábia e cuidadosa, ora criança inconsequente.
Quantas inconsequências nos levam a alegrias absurdas?
Como aceitar o convite daquele cara que tem a voz estranha nos áudios do whatsapp mas se descobre um ótimo amante ou de beber todas com as amigas ou ainda de assistir Caçadores de vampiras lésbicas e namorar com essa pessoa por 5 anos.
EU QUERO UMA VIDA INCOERENTE, PORÉM FELIZ!
O que você quer?
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